I Amazonhackfest escolhe 11 ideias ao fim de maratona para criar ferramentas de combate à corrupção
O Ministério Público do Estado do Amazonas realizou nos dias 12, 13 e 14 de outubro o I Amazonhackfest, uma maratona de programação que incluiu, além da escolha das melhores equipes, a realização de oficinas e palestras.
O objetivo da maratona foi desenvolver softwares que auxiliem no combate à corrupção. As atividades contaram com a participação de equipes multidisciplinares formadas, prioritariamente, por estudantes e profissionais de Tecnologia da Informação, e, ainda, das áreas de Direito, Administração, Gestão Pública, Design, contabilidade, Arte/Mídia, entre outras.
Durante a solenidade de abertura do Hackfest, na última sexta-feira, 12 de outubro, o Procurador-Geral de Justiça Carlos Fábio Braga Monteiro resumiu qual seria a meta a ser alcançada por meio do evento . “Agradeço a presença de todos os participantes e envolvidos com a organização do evento. O Ministério Público tem a visão de que é preciso sair dos gabinetes, chegar até a população em todos os seus nichos e entender de que forma podemos ajudar mais a sociedade amazonense para melhorar a nossa realidade. O nosso objetivo é envolver profissionais e a comunidade acadêmica, vir até vocês para que possam nos ajudar, a fim de termos uma sociedade mais justa”, afirmou o PGJ.
O Hackfest é realizado em duas etapas, nessa primeira os maratonistas que participaram da competição apresentaram 94 ideias de projetos que poderiam ser transformadas em ferramentas para auxílio no combate à corrupção e controle social. No domingo, 13 de outubro, 11 projetos foram selecionados em uma plenária que contou com os votos de todos os participantes e organizadores.
Até o próximo dia 30 de novembro, as equipes que tiveram os projetos escolhidos devem entregar os produtos para a comissão organizadora do evento. A segunda fase do Hackfest está agendada para dezembro deste ano. “Acreditamos que todos que convidamos a participar deste Hackfest pensam dessa forma, que nós podemos unir esforços, o Ministério Público em seu trabalho de fiscalização, no combate à corrupção, utilizando a lei, e os maratonistas utilizando a tecnologia que eles conhecem, desenvolvendo aplicativos que podem nos ajudar, bem como a sociedade, a fiscalizar a mesma coisa, mas de uma forma mais eficiente, muito mais rápida e produtiva. O evento superou todas as expectativas, foi um momento muito importante de conjunção de esforços, não apenas do MP, mas também de todos os parceiros envolvidos”, constatou o Procurador de Justiça Mauro Veras.
Márcio Lira, desenvolvedor do “Promessômetro”, um dos projetos selecionados nessa primeira fase, diz que a experiência foi positiva, pois teve a oportunidade de interagir e aprender com estudantes mais jovens. “ Foi fantástico, eu era um dos mais velhos da minha equipe e foi a oportunidade de um aprendizado, uma equipe multidisciplinar que veio contribuir para melhorar o controle externo, o controle social, o combate à corrupção, o acompanhamento de promessas de campanha, uma forma de você monitorar gastos públicos e isso faz a gente se engajar mais ainda e levar resultados mais positivos pra sociedade. Foram três dias, uma grande iniciativa do Ministério Público do Estado do Amazonas e com gente nova, de todas as cores, todas as idades e com todos os tipos de conhecimento, agregou muito valor”, vibrou Márcio.
Amazonhackfest é modelo para experiência do Ministério Público do Amapá
O Amazonhackfest já serviu de referência para o Ministério Público do Estado do Amapá que pretende desenvolver a mesma experiência em Macapá ainda este ano. A servidora Verônica Santos, do MP-AP, foi enviada especialmente para acompanhar o Amazonhackfest. “Começando na Paraíba e tendo continuidade no Amazonas, a ideia é replicar essa experiência tão engajadora e enriquecedora nos aproximando da sociedade. O Ministério Público do Amazonas está de parabéns”, destacou Verônica.
Palestras e Oficinas envolvem a sociedade durante o Hackfest
Enquanto as equipes de maratonistas despertavam os neurônios na tentativa de criar ferramentas anticorrupção, uma programação especial acontecia simultaneamente no auditório da UEA, a poucos metros do Ocean Center, espaço destinado à maratona. Ao todo, 14 palestras, painéis e oficinas foram apresentados para o público em geral.
Os temas foram variados, desde “Combate à Corrupção, Tecnologia e desafios”, conduzido por Diego Siqueira, do Google Developers Group Manaus, a um painel sobre Jornalismo Investigativo, com a interação de 3 profissionais, dentre eles o atual correspondente da Rede Globo no Amazonas , Alexandre Hisayasu, o que atraiu públicos diferentes ao Amazonhackfest.
A etapa final será no dia 10 de dezembro, durante a semana nacional de combate à corrupção, quando serão anunciados os 3 projetos vencedores do I Amazonhackfest.
O evento foi idealizado pela coordenação do Centro de Apoio Operacional de Inteligência, Investigação e Combate ao Crime Organizado (CAO-Crimo) e Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), inspirado na experiência do Ministério Público da Paraíba.
