Moradores relataram problemas de iluminação e presença de usuários de drogas na localidade
Após denúncias de irregularidades e problemas de segurança na Orla do Amarelinho, bairro Educandos, zona sul de Manaus, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) realizou uma visita de inspeção ao local na manhã desta quarta-feira (06/08). A ação, conduzida pela 63ª Promotoria de Justiça Especializada na Proteção e Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), contou com a presença de especialistas do Núcleo de Apoio Técnico (NAT) do MP.
Durante a inspeção, foram constatadas diversas irregularidades, incluindo grades quebradas, lixo descartado de forma irregular, problemas estruturais e presença constante de usuários de drogas em diferentes pontos da orla. Em conversa com moradores, foram relatados ainda problemas com a iluminação, sobretudo à noite.
De acordo com o promotor de Justiça Paulo Stélio Sabbá Guimarães, titular da 63ª Prourb, até o momento a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) não forneceu informações sobre o andamento da obra de revitalização prevista para ser realizada na localidade, razão que motivou a inspeção.
“Falando com moradores, ouvi que a questão da iluminação é um problema. O que acontece é que as lâmpadas foram trocadas há um tempo, mas é natural que algumas queimem. Isso acaba criando uma situação ruim para o local, porque há pessoas usuárias que acabam indo até lá fazer uso de entorpecentes”, declarou o promotor.
Percepção comunitária
Segundo o líder comunitário do bairro Educandos, Gil Eanes Cardoso, nos anos 1980, a praia da Ponta Branca — onde a Orla do Amarelinho está localizada — era conhecida como balneário das zonas sul e centro-sul de Manaus, atraindo muitos turistas que tomavam banho no local. Hoje, porém, devido à poluição das águas, isso já não acontece mais.
Além da necessidade de obras nos alambrados e no calçadão, o líder comunitário também afirmou que os bares instalados na orla representam outra preocupação, sendo pontos de perturbação da ordem pública. “Eles foram feitos para serem restaurantes, sorveterias, pizzarias, essas coisas, e não bares. Foram feitos para atender o turista, que hoje não vem mais aqui por conta do que isso se tornou”, desabafou.
A 63ª Prourb aguardará os relatórios técnicos do NAT com a avaliação da situação para poder determinar os próximos passos.
Texto: Graziela Silva
Foto: Hirailton Gomes | Para mais fotos, acesse a página do MPAM no Flickr