Encontro reuniu representantes de órgãos públicos, movimentos sociais e associações de catadores
O problema da destinação do lixo em Manaus é crônico e afeta diversas dimensões da vida urbana, incluindo a educação ambiental, saúde pública e cidadania. O apontamento veio do Ministério Público do Amazonas (MPAM), durante audiência pública realizada no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), na tarde de segunda-feira (03/11).
De acordo com o promotor de Justiça Carlos Sérgio Edwards de Freitas, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Proteção ao Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e Urbanismo (CAO-MAPH-URB), o MP tem recebido inúmeras denúncias sobre lixões irregulares e o acúmulo de resíduos em vários pontos da cidade.
O promotor alertou que é preciso que as políticas públicas avancem de forma concreta e eficaz para enfrentar esse problema histórico. "A questão do lixo envolve educação ambiental, saúde pública e cidadania. É preciso que as políticas públicas avancem de forma concreta e eficaz para enfrentar esse problema histórico”, opinou.
A audiência foi proposta pelo vereador Zé Ricardo (PT) e contou com a presença de representantes de órgãos públicos, movimentos sociais e associações de catadores. “Grande parte do lixo em Manaus é descartado de forma irregular, em igarapés, calçadas e terrenos baldios. Isso agrava a poluição, entope bueiros, causa alagamentos e expõe a população à doenças. Além disso, a queima de lixo a céu aberto libera gases tóxicos ,que afetam diretamente a saúde da população”, lamentou o parlamentar.
Denúncias
A catadora Gleiciane Ferreira, presidente da Associação dos Filhos e Filhas de Guadalupe (Ascafiguama), fez um relato emocionado sobre as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores que lidam diretamente com o lixo. Ela denunciou falta de respeito e de condições dignas de trabalho, além da necessidade de implementação da coleta seletiva e logística reversa.
Texto: Com informações de assessoria
Foto: Divulgação/Assessoria