MPAM promove manhã especial para crianças atendidas pelo programa Recomeçar

Publicado: Domingo, 18 Mai 2025 16:19

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Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual, iniciativa reforça o compromisso do Ministério Público com o acolhimento de crianças e adolescentes em situação de violência sexual

Cumprindo sua atribuição constitucional de promover ações voltadas à proteção e defesa dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio do programa Recomeçar, promoveu, na última sexta-feira (16/05), uma ação especial que reuniu 25 crianças atendidas pelo órgão. A atividade, realizada no anexo da Rua Belo Horizonte, no bairro Adrianópolis, integra a campanha nacional “Faça Bonito”, que visa à conscientização sobre o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio. 

O evento faz parte do calendário de ações do MPAM voltadas à proteção integral de crianças e adolescentes, em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e com diretrizes internacionais de enfrentamento à violência infantojuvenil, buscando proteger a população infantojuvenil contra todas as formas de violência e negligência. 

A iniciativa atende à Resolução nº 287/2024 do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e reforça o compromisso institucional com a promoção da conscientização sobre o direito à proteção, ao cuidado e à escuta segura e especializada. O MPAM busca oferecer um ambiente apropriado e acolhedor, com infraestrutura que garanta a privacidade da criança ou adolescente vítima ou testemunha de violência, permitindo que eles possam superar, da forma mais rápida e humana possível, os traumas decorrentes da violência sofrida. 

A programação incluiu a apresentação de um teatro de fantoches com uma versão lúdica e sensível da história de Araceli Cabrera Sánchez Crespo — menina de oito anos vítima de violência brutal em 1973, que se tornou símbolo da data. A encenação buscou, de maneira acessível e cuidadosa, conscientizar as crianças sobre seus direitos. O espaço do Recomeçar foi especialmente preparado para recebê-las com segurança e acolhimento. 

A abertura do evento foi conduzida pela promotora de Justiça Silvana Ramos Cavalcanti, coordenadora-geral do programa Recomeçar, que destacou o papel do Ministério Público na promoção de um ambiente seguro e afetivo para a infância.  

“É fundamental que as crianças conheçam o Ministério Público e saibam que há pessoas trabalhando todos os dias para protegê-las. O rosto da Justiça também é humano, acolhedor e está próximo delas”, afirmou a promotora.

Durante a atividade, a promotora de Justiça Ynna Veloso, titular da 28ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude, conversou com as crianças, explicou de forma lúdica o papel do Ministério Público e reforçou a importância de confiar nos adultos que compõem a rede de proteção. “Vocês têm o direito de serem cuidadas, ouvidas e respeitadas. E nós, do Ministério Público, estamos aqui para garantir isso”, destacou. 

A coordenadora-executiva do programa, Tatiana Almeida, ressaltou a importância de formar vínculos positivos desde a infância. “Acreditamos na educação em direitos e na construção de espaços protetivos. Conversar com as crianças, desde cedo, sobre segurança, afeto e confiança é essencial para prevenir a violência e fortalecer sua autonomia”, afirmou. 

Além das atividades educativas, as crianças participaram de brincadeiras, lanche coletivo e receberam brindes, com o apoio do Sindicato dos Servidores do MPAM (Sindsemp), que colaborou para a realização do evento. 

O que é o Recomeçar?

O programa Recomeçar é um Núcleo de Atendimento às Pessoas em Situação de Vulnerabilidade Psicossocial criado em 2016, em parceria com o Governo do Estado do Amazonas, para oferecer subsídio ao trabalho dos Procuradores e Promotores de Justiça. 

A atuação do Recomeçar envolve o atendimento a pessoas em situação de vulnerabilidade psicossocial, no âmbito cível, criminal e demais setores do Ministério Público que prestam assistência a esse público. 

Seus atendimentos são voltados à realização de acompanhamento psicossocial de casos oriundos de promotorias e procuradorias cíveis e criminais, com fito de garantir um atendimento humanizado e apoio às partes em suas iniciativas, em busca da autonomia e garantia de direitos e garantias fundamentais. 


Texto: Ramon Oliveira

Foto: Divulgação/MPAM