MP-AM presente no segundo turno das eleições
O Ministério Público também estará presente fiscalizando o segundo turno das eleições em Manaus, a exemplo do que aconteceu no primeiro. No total, 13 Promotores foram designados para trabalhar nas zonas eleitorais. A Promotora de Justiça Silvana Nobre Cabral atuará junto ao Gabinete de Gestão Integrada, representando o Procurador Geral de Justiça, Francisco Cruz.
Qualquer irregularidade pode ser denunciada diretamente à Central de Atendimento ao Público (CAP) do Ministério Público do Amazonas, onde uma equipe de servidores ficara novamente à disposição, desde às 8 da manhã até às 17 horas, para registrar denúncias, por meio do 0800-092-0500. Após registradas, as ocorrências serão encaminhadas diretamente ao Centro de Apoio Operacional às Promotorias Eleitorais (CAO-PE), responsável pela coordenação dos trabalhos eleitorais do MP-AM e que tem como titular o Promotor de Justiça Jorge Wilson Cavalcante. Os casos serão investigados imediatamente pelos Promotores responsáveis pelas zonas eleitorais.
Números do primeiro turno
O CAP registrou no primeiro turno das eleições 98 denúncias, na capital e no interior. A propaganda irregular, principalmente com distribuição de "santinhos", liderou a lista de denúncias. Foram 21 telefonemas dando conta do crime eleitoral. A compra de votos veio em seguida, com 21 denúncias. A realização de transporte ilegal de eleitores também foi apurada após o registro de 15 denúncias encaminhadas ao CAP. Também houve registro de defeitos nas urnas eletrônicas (07), venda de bebida alcoólica (02), falta de policiamento (03), coação de eleitores por parte de candidatos (02), conduta agressiva de fiscais (01) e retenção de títulos (01).
O 0800-092-500 também foi utilizado para fornecer informações ao eleitor. Muitos tiraram dúvidas sobre o local de votação, telefones de contato do TRE e até de como deveriam estar vestidos para votar.
Dos 98 casos registrados pelo CAP, 10 ocorreram no interior do Amazonas. As denúncias chegaram dos municípios de Parintins, Iranduba, Itacoatiara, Borba e Guajará. O CAP também estará atuando no segundo turno das eleições.
Promotores de Justiça Substitutos tomarão posse no próximo dia 30
Novos Promotores de Justiça Substitutos irão fazer parte do Ministério Público do Estado do Amazonas a partir da próxima segunda-feira, 30 de janeiro. A solenidade está marcada para às 10h, no Auditório Carlos Alberto Bandeira de Araújo, na sede da Procuradoria Geral de Justiça, em Manaus.
Márcio Pereira de Mello, Sarah Clarissa Cruz Leão, Leonardo Tupinambá do Valle, Rômulo de Souza Barbosa, Flávio Mota Morais Silveira e José Augusto Palheta Taveira Júnior são os Promotores que irão ocupar as Comarcas nos municipios de Tefé, Manicoré, Santo Antônio do Içá, Jutaí, Eirunepé e Fonte Boa, respectivamente.
Para o Procurador Geral de Justiça, Francisco Cruz, o interior do estado vai contar com membros comprometidos e empenhados em proteger a comunidade. "Tenho certeza que, em breve, também poderemos empossar mais Promotores para as Comarcas do interior. O Ministério Público tem a missão de estar junto à população, principalmente nas comunidades mais distantes do nosso Amazonss e é isso que estamos realizando, mesmo que aos poucos", disse o PGJ.
Suspenso o reajuste da tarifa de água
Foi suspenso o reajuste da tarifa de água, que passaria a vigorar a partir do próximo sábado, dia 28 de janeiro de 2012, até que o Poder Concedente defina mecanismos para aferição da eficiência do Concessionário, além de outros requisitos necessários ao cumprimento no disposto no artigo 22, da Lei nº 11.445/2007. A ação que suspende a tarifa, também pleiteia a fixação de multa diária para o caso de descumprimento da obrigação.
A Ação Civil Pública está em anexo, na íntegra.
CEAF divulga resultado do sorteio da 1ª fase do X Júri Simulado do MP-AM
O resultado é o seguinte:
O Jurí simulado começa no próximo dia 20 de novembro.
CNPG elege Presidente do Grupo Nacional de Direitos Humanos
Borba: erros médicos são objeto de Ação Civil Pública
Um caso de negligência em procedimentos médicos de emegência e obstetírica na Unidade Mista de Borba, distante 208 km de Manaus, é o objeto de uma Ação Civil Pública ajuizada pela Promotoria de Justiça do município com o objetivo de solucionar definitivamente o problema na unidade de saúde do local. Antes da proposição da Ação, o Ministério Público local havia iniciado um Inquérito Civil para apurar uma denúncia de negligência médica que teve como consequência a morte de um recém-nascido.
As investigações do MP-AM iniciaram após o recebimento de denúncia realizada por Moisés Segadilha e sua filha, Maysa Gabriele Marques Segadilha, que grávida de nove meses, deu entrada na Unidade Mista de Borba para receber procedimento de parto no dia 20 de setembro de 2010 e somente no dia 22 de setembro foi realizada a cesariana. Maysa afirmou ao Ministério Público que após o nascimento do bebê a incubadora da unidade não funcionava, e que no dia 23 teve de ser encaminhada para Manaus, onde o bebê veio a óbito na Maternidade Ana Braga.
A Promotoria fez estudos sobre documentos do recém-nascido, prontuários médicos da paciente, laudos de exames de ultrassonografia e relatórios de atendimentos da Unidade Mista, e também colheu depoimentos dos médicos que atenderam Maysa Segadilha em Borba. Também foram requisitados da Táxi Aéreo TIO o plano de vôo da aeronave empresa no dia 23 de setembro, que levou Maysa até Manaus, bem como a escala de plantão do hospital no mês de setembro de 2010 e a cópia do prontuário de atendimento na Maternidade Ana Braga.
Entre os pontos concluídos no inquérito, o MP-AM viu que a Unidade Mista de Borba, à época do ocorrido, possuía boa estrutura e condições sanitárias e normativas para realizar serviços médicos de emegência em geral e na área de obstetrícia. Entretanto, o MP-AM viu que técnicos de enfermagem realizaram atividades de neo-natal em mesa de parto, o que é exclusivo de profissionais de pediatria. A Promotoria aponta a culpa do médico Miguel Eduardo Calle Aguiar, por sua total negligência na prestação de emergência à vítima, que permaneceu cerca de quinze horas sem atendimento.
A enfermeira Marlene Alejandrina Apolinário Padilla também foi considerada culpada pelo Ministério Público, que estando na sala de cirurgia delegou para a técnica de enfermagem Noélia Chaves Paixão o dever de aspirar da criança neo-natal o mecônio (primeiras fezes do bebê), que todavia permaneceu sufocada. De acordo com o Ministério Público, a enfermeira Alejandria também foi negligente por retirar o recém-nascido da encubadora, com a intenção de dar de mamar ao bebê, o que fez diminuir a capacidade respiratória da criança e provocar a cianose dela. A técnica de enfermagem Noélia Paixão também foi enquadrada pelas mesmas condutas da enfermeira Alejandria.
Quanto aos outros profissionais de saúde envolvidos, o MP-AM não viu nexo entre a morte da criança e as suas condutas médicas na Unidade de Borba. Na Maternidade Ana Braga não foram encontradas negligências. Após solicitação do Ministério Público, o Conselho Regional de Medicina abriu uma sindicância, que foi transformada em processos administrativos contra o pediatra Daniel Augusto Gazzolo Durand e o médico Miguel Eduardo Calle Aguiar. Ainda foi pensado pela Promotoria de Justiça propor um termo de ajustamento de conduta (TAC) para solucionar o problema, o que foi deixado de lado após a proposição da ACP.