Ministério Público recebe Adelton Matos no Conselho Superior do MP e reverencia Carlos Coêlho, na despedida rumo à aposentadoria

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O Procurador de Justiça Adelton Albuquerque Matos, da 17ª Procuradoria de Justiça, foi empossado como membro do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) em sessão solene realizada nesta sexta-feira, 01/11, no Colégio de Procuradores de Justiça. Ele passou a ocupar a vaga deixada pelo Procurador de Justiça Carlos Antônio Ferreira Coelho, que se aposentou no dia anterior. Os dois Procuradores, por suas histórias de competência e atuações destacadas, foram homenageados por membros e servidores do MPAM.

"É uma grande honra, após o Doutor Carlos Coelho se aposentar, assumir o posto que ele exerceu até o dia de ontem. Ele, que foi minha inspiração para, ao longo do tempo em que ainda estava estudando, na faculdade de Direito, na velha Jaqueira, decidir para aonde eu iria seguir, vendo sua atuação, sua postura, sua ética. Eu espero exercer essa nova função, que está se iniciando hoje, com a mesma dedicação com que ele exerceu até ontem", disse o novo Conselheiro, Adelton Marques.

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A Procuradora-Geral de Justiça, Leda Mara Albuquerque, destacou as qualidades do novo conselheiro, seu conhecimento, experiência, ética e também a conjuntura nacional que, segundo ela, impõe novos desafios ao Ministério Público brasileiro. "O momento, agora, é de lhe dar boas vindas. Boas vindas a integrar esse Conselho que pensa, também, nossa instituição, porque aqui se discutem, se debatem questões da mais alta relevância. Antes de assumir o cargo de Procuradora-Geral eu não tinha noção da importância do trabalho do Conselho", disse a PGJ.

O novo membro do Conselho Superior ingressou no MPAM em dezembro de 1987. Em maio de 2019 entrou em exercício no cargo de Procurador de Justiça, assumindo a 17ª Procuradoria. Como Promotor de Justiça, atuou em Urucará, Silves, Itapiranga, Novo Airão e Careiro Castanho. Na Capital, atuou no atendimento ao cidadão e na Vara da Infância e da Juventude Infracional.
"É um momento estranho, porque ontem tivemos a aposentadoria do nosso colega Carlos Coelho, mas a vida é feita disso, é uma sucessão. Para nossa satisfação, o Conselho Superior recebe agora o nosso colega Adelton. É muito bom quando o Conselho recebe um colega dessa envergadura, que passou, talvez, por momentos muito mais difíceis do que todos nós", disse o Procurador de Justiça José Roque, referindo-se à experiência do novo Conselheiro, que foi titular da 31ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude Infracional.

A combatividade e elegância do Procurador Carlos Coelho

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O agora Procurador de Justiça aposentado Carlos Coelho deixou a carreira ministerial no dia 31 de outubro de 2019, em uma homenagem no Colégio de Procuradores de Justiça. Membros e servidores lhe renderam homenagens, destacando o profundo conhecimento do Direito, especialmente o processo penal, a combatividade, a cortesia, o bom humo e a elegância. "Ele é muito educado, é brincalhão, mas as brincadeiras dele são totalmente respeitosas, é elegante, sabe se portar muito bem, seja com as mais altas autoridades ou com as pessoas mais simples. Os julgamentos dele eram maravilhosos, conduzidos com muita classe, com muita ética", disse a servidora Márcia Ramos, que trabalhou com o então Promotor de Justiça do Júri.

A servidora relembrou um dos casos da carreira de Carlos Coelho que tiveram mais repercussão enquanto ele atuou junto ao Tribunal do Júri, o assassinato do jornalista Luiz Otávio Monteiro, ocorrido em 29 de dezembro de 1988. O corpo do jornalista foi encontrado com quatro tiros na cabeça e no pescoço, na estrada BR-319. Com o então Promotor de justiça Carlos Coelho funcionando na acusação, o ex-policial Marlo Ricardo Souza dos Santos foi condenado a 16 anos. O julgamento aconteceu no dia 9 de maio de 2007.

"Ele atuou no caso do Luiz Otávio início ao fim. Esse caso é procurado, pesquisado até hoje, por acadêmicos e advogados, ainda outro dia procuraram esse caso do Luiz Otávio lá nas promotorias do Júri. A atuação do Dr. Carlos Coelho no Júri era perfeita, perfeita mesmo, muito inteligente, muito competente e muito elegante", relatou Márcia Ramos.
Carlos Coelho se aposentou depois de mais de 36 anos como membro do MPAM. Ele ingressou no órgão no dia 15 de março de 1983. Dois meses depois, assumiu a Promotoria de Justiça de Benjamin Constant. Em agosto de 1984, foi removido, pelo critério de merecimento, para a cidade de Parintins. Em dezembro de 1987, foi promovido, também por merecimento, para o cargo de Promotor de Justiça de 2ª Entrância. Em dezembro de 1996, foi promovido ao cargo de Procurador de Justiça. Atuou na 14ª e na 12ª Procuradorias de Justiça.

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