MP pede bloqueio de bens de Henrique Medeiros, em Parintins

(Fonte: Blog da Floresta)

O Ministério Público de Parintins pediu da Justiça o bloqueio de todos os bens e imóveis, das contas bancárias  em nome de Geraldo Henrique Silva de Medeiros (PMN) e a devolução de R$ 529 mil, vereador que renunciou no mês de abril de 2010 ao cargo de presidente da Câmara Municipal. O pedido, assinado pelas promotoras Cristiane Corrêa e Carla Guedes e pelo promotor André Seffair, tem embasamento em três denúncias de improbidade administrativa e uma ação civil pública.

Somente na contratação dos funcionários fantasmas, Henrique Medeiros consumiu, em 13 meses, exatos R$ 87.800,00 dos recursos do contribuinte. Nos documentos anexados aos processos, existem contratações e fretes de embarcações para os vereadores realizarem viagens às comunidades rurais e às cidades de Barreirinha, Boa Vista do Ramos e Maués. O detalhe: nenhum vereador colocou os pés no barco. As viagens "torraram"  R$ 21.620,00. A diferença de preço na aquisição de cadeiras, poltronas, mesas de áudio, microfone, notas ficais de cartuchos e toners de impressos entre o que foi comprado e o que consta no orçamento, em alguns casos, chega a um superfaturamento na ordem de 5 a 12 mil reais.

O vereador Henrique Medeiros, além de ser réu em três processos de improbidade administrativa e uma ação civil pública, ainda, é investigado pela Comissão Processante na Câmara Municipal de Parintins. No parlamento, ele foi denunciado no começo do mês de março pelo vereador Walter Lobato (PSDB). Em seguida Medeiros, foi afastado por vontade de 9 vereadores e pediu a renúncia da presidência para escapar da cassação.

O Ministério Público pede da Justiça a condenação de Henrique Medeiros, sua inelegibilidade pelo período de dez anos e quer a devolução de, exatos, R$ 529.083,65, pagos irregularmente, pela Câmara de Parintins, em favor
de particulares.