MPAM denuncia policiais militares pela Chacina do Água Branca

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O massacre de quatro pessoas levado a cabo por 16 membros de uma força policial de elite, treinada para ações táticas de polícia ostensiva, causou comoção na sociedade local

O Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri Popular da Capital recebeu, nesta terça-feira (21/3), a denúncia ofertada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), no dia 8/3, contra 16 policiais militares das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) por envolvimento no caso conhecido como Chacina do Ramal Água Branca. A prisão cautelar dos policiais foi mantida, por mais 90 dias, período em que devem ocorrer sucessivas revisões da situação prisional dos envolvidos.

Conforme a denúncia, os 16 agentes policiais assassinaram Alexandre do Nascimento Melo, Valéria Pacheco da Silva, Diego Máximo Gemaque e Lilian Daiane Gemaque, por volta das 3h do dia 21/12/2022. A denúncia foi assinada pelos Promotores de Justiça Armando Gurgel Maia, Clarissa Moraes Brito, Lilian Nara Pinheiro de Almeida e Marcelo de Salles Martins, tendo por base diligências e peças informativas produzidas pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros e também pela 61ª Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial, a cargo do Promotor de Justiça Armando Gurgel Maia.

“Em síntese, os 16 policiais militares foram denunciados pelo crime de homicídio qualificado, que impossibilitou a defesa das vítimas, cometido por quatro vezes. A acusação foi produzida com base em provas colhidas nos autos, que asseguram a participação dos policiais e de suas respectivas equipes na prática criminosa”, resumiu o Promotor de Justiça Armando Gurgel Maia.

Foto: SSP